Centro de Métodos Quantitativos
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Ciências Florestais
A aula iniciou com a resenha do grupo 2 que apresentou na forma de um “texto realista, entretanto bem poético” (Claúdia).
Relataram o possível incomodo de ter que apresentar a resenha após o grupo 1 que foi super artístico e poder ser comparado, mas logo afirmaram que não se trata de uma competição. Eles enfatizaram a aplicação da utopia no Ensino Superior e o papel da Universidade na sociedade, relacionando com as atividades desenvolvidas com a prof. Antônia.
Após a resenha, os grupos de trabalho se reuniram para a discussão dos textos lidos motivados pelas questões:
Após reunião em grupo fizemos o lanche.
Todos os grupos apresentaram suas discussões destacando:
1. Os textos se interelacionam, pois propõe uma mudança de sociedade, educação e indivíduos que deve ser levada à pratica podendo esta acontecer através do enfrentamento do paradigma curricular;
2. O plano de ensino pode refletir o paradigma curricular sendo o instrumento da instituição e/ou do professor de criar possibilidade que enfrentem este paradigma;
3. Para tomar caminhos formativos compatíveis com a utopia do grupo destacou-se o fato de estarmos refletindo sobre o assunto, gerarmos processos de auto-reflexão enquanto estamos atuando, assumir-se como professor, se comprometer com o Ensino; criar confiança para mostrar-se como pessoas; e se respeitar, criando seus limites e sua própria forma de atuar, não copiando modelos que julgue bem sucedidos.
Dentre as várias idéias lançadas, destacam-se:
Baseado na apresentação dos grupos os professores levantaram as seguintes questões:
1) Se a transformação deve ocorrer no individual ou no coletivo? Depois de muita discussão o Marcos afirmou que “Minha modificação ocorre no mundo” e que este deve ser um desafio compartilhado, caminhando com os dois pés juntos. Um dando o testemunho, criando modelos (no plano individual) e o outro na Política Pública (no plano coletivo).
2) Outra questão levantada é se existiriam disciplinas obrigatórias se criássemos um curso? Colocou-se em pauta a possibilidade do aluno escolher as disciplinas de acordo com sua realidade (ou seja, ter a opção de escolher o que acha ser essencial para sua formação), onde os professores forneceriam um cardápio de disciplinas. No entanto, várias dúvidas surgiram como: 1) Será que o jovem teria condições de escolher?; 2) Como a instituição poderia se preparar para ofertar este cardápio?; 3) E os pré-requisitos essenciais?
Houve um consenso, de que para efetuar tal mudança, seria necessário repensar o papel do professor (mais como um tutor) e do aluno (mais autônomo)
Com relação a imaturidade do aluno para escolher diante o cardápio, chegou-se a conclusão de que “a pessoa só se torna madura quando se depara com o fato de tomar decisões e se responsabilizar por elas”
3) Quantos docentes conhecemos que não criticam o status quo. Porque ele não muda então?
Outra discussão significativa foi com relação a maturidade das pessoas: A discussão foi densa e enriquecedora, alguns do grupo afirmaram ter ficado incomodados durante o almoço e o resto do dia. O grupo acredita que o incômodo e as possíveis transformações que decorrem dele são significativas para o aprendizado de cada um, apontando que o curso está gerando resultados positivos. Após o almoço lemos um texto sobre Plano de Ensino (Marcos Masetto) em conjunto na sala de aula, posteriormente cada um recebeu um roteiro de Plano de Disciplina e durante uma hora fomos convidados a pensar sobre nossos planos.
Ao voltar algumas dúvidas estruturais e conceituais foram esclarecidas, destacando o fato de no grupo a questão do conteúdo ser muito forte. Entretanto, “o que nos envolve, nos apaixona é a área de conhecimento, e não a disciplina” (Marcos). Percebemos que o grupo está muito preso a realidade e que esta dicotomia com a utopia parece nos aprisionar. Fomos convidados a sonhar neste plano de Disciplina, possibilitando que criemos a Disciplina de nossos sonhos. Nos focalizar em como criar processos de aprendizagem que encantam e despertam o interesse pelo conteúdo.
O João comentou que guarda todos os seus planos de ensino desde o começo de sua prática docente (este conjunto pode ser denominado portifólio), e enfatizou que este material possibilita avaliar a história do que e como ensinou, além de servir de ferramento para avaliar professores em processos de seleção.
A aula foi finalizada com a avaliação da atividade do dia. A maioria dos alunos pareceu cansado e ficou calado. Destacaram que a atividade de montar o Plano de Ensino era muito interessante e diferente da atividade de Plano de Aula da disciplina PAE que destacava dicas para que o Plano passasse em comissões.
O Marcos deixou como tarefa a seguinte pergunta: