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publico:projetos:palmito
 CMQ: Centro de Métodos Quantitativos Centro de Métodos Quantitativos
Departamento de Ciências Florestais
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


Projeto Palmito:

Levantamento do Estoque de Palmiteiro (Euterpe edulis)

na Região do Vale do Ribeira

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Apresentação

Título do Projeto: Levantamento do Estoque de Palmiteiro (Euterpe edulis) na Região do Vale do Ribeira

Período de Execução: 1999 - 2000

Existe um consenso entre técnicos, conservacionistas e a população local do Vale do Ribeira de que vem ocorrendo uma progressiva redução das populações do palmiteiro (Euterpe edulis) na região. Entretanto, faltavam informações objetivas sobre o grau e extensão desta redução. Embora existam séries históricas sobre a extração de recursos naturais na região, e de produção de palmito em particular, praticamente inexistia informação sobre a ocorrência e abundância das populações naturais.

O projeto Levantamento do Estoque de Palmiteiro (Euterpe edulis) na Região do Vale do Ribeira foi desenvolvido com o objetivo de preencher esta lacunda de informação, de modo a complementar os elementos necessários à análise da utilização do palmiteiro no Vale do Ribeiro e ao estabelecimento de políticas para a sua conservação.

O projeto foi desenvolvido em cooperação pelas seguintes instituições:

  • Fundação Florestal, Secretaria de Estado do Meio-Ambiente, Governo do Estado de São Paulo;
  • Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF),
  • Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP);
  • Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais (DEPRN), Secretaria de Estado do Meio-Ambiente, Governo do Estado de São Paulo.

Equipe

A equipe científica do projeto foi composta pelos seguintes docentes da ESALQ/USP:

  • Prof. Dr. João L. F. Batista, Depto. Ciências Florestais,
  • Prof. Dr. Carlos A. Vettorazzi, Depto. Engenharia Rural,
  • Prof. Dr. Hilton Thadeu Z. do Couto, Depto. Ciências Florestais.

As equipes de coleta de dados durante os levantamentos de campo foram constituidas por técnicos e mateiros da região de Iguape, tendo sido lideradas por:

  • Andréa Vanini — Depto. de Ciências Florestais, Bióloga;
  • Flaviana M. de Souza — Depto. de Ciências Florestais, Enga. Florestal;
  • Mário Campos — Depto. de Ciências Florestais, Eng. Florestal;
  • Marcelo Marquesini — Depto. de Ciências Florestais, Eng. Florestal;
  • Maurício Gorenstein — Depto. de Ciências Florestais, Eng. Florestal;
  • Samir Rolin — Depto. de Ciências Florestais, Eng. Agrônomo.

Participaram do estudo da aptidão para a presença do palmiteiro e elaboração da base de dados SIG:

  • Jefferson Polizel — Depto. de Ciências Florestais, Técnico em Informática;
  • Erico Luciano Pagotto — Imagem SR, Desenvolvimento de Negócios;
  • Ivone Mariko Masago — Imagem SR, Coordenação Técnica do Projeto;
  • Keilla dos Reis Ribeiro — Imagem SR, Técnica de Geoprocessamento;
  • Suzanleide Moreira Vieira Paula — Imagem SR, Técnica de Geoprocessamento;
  • Marcelo Nóia — Imagem SR, Técnico de Geoprocessamento;
  • Frederic Lehodey — Imagem SR, Programador;
  • Sílvio Ferraz — TRN Tecnologia em Recursos Naturais, Eng. Florestal.

Colaboraram diretamente em várias fases do projeto:

  • Renato Sales — Fundação Florestal, acompanhamento do projeto;
  • Ronaldo Ribeiro — discussão sobre os planos de informação da base de dados;
  • Roberto Resende — DEPRN/SMA, discussão sobre os planos de informação da base de dados;
  • Martinus Filet – CPLA/SMA, fornecimento de dados digitais;
  • Dr. Kronka e sua equipe, Instituto Florestal/SMA, fornecimento de dados digitais;
  • Márcia Hirota – SOS Mata Atlântica, fornecimento de dados digitais;
  • Os vários responsáveis dos escritórios do DEPRN no Vale do Ribeira e Litoral Sul pelo apoio às equipes de campo;
  • Os diretores das unidades de conservação da região pelo apoio às equipes de campo.

Breve Histórico

O palmiteiro (Euterpe edulis) é uma palmeira que outrora possuia ocorrência generalizada em toda Mata Atlântica, incluindo a região do Vale do Ribeira e do Litoral Sul do Estado de São Paulo.

Desde o final da década de 60, o palmiteiro se tornou fonte do mais importante palmito comestível no mercado brasileiro o que, combinado com o insucesso na implantação de plantações comerciais e na sua substituição por outros palmitos (em geral Euterpe oleracea), gerou a existência do comércio e exploração ilegal.

Atualmente a produção de palmito na região está bem abaixo do que ocorreu nas décadas de 60 a 80, sendo que a produção no Estado de São Paulo representa menos que meio porcento da produção nacional. No início da década de 90, ocorreu uma drástica redução na produção de palmito, provavelmente devido à legislação que proibia a sua extração na região da Mata Atlântica. Com a normatização da legislação relativa aos planos de manejo sustentado de palmiteiro, houve um aumento de produção no meio da década de 90, mas a produção continuou aquém dos níveis das décadas anteriores.

Um aspecto importante, mas não contabilizado, na redução da produção do palmito é o progressivo desparecimento das populações de palmiteiro na região do Vale do Ribeira. O consenso entre técnicos, conservacionistas e a população local indica que as populações de palmiteiro, com abundância suficiente para justificar a sua exploração comercial, foram progressivamente restringidas às áreas mais remotas e de difícil acesso ou ao interior das unidades de conservação.

O problema central do presente projeto foi a quantificação do estoque do palmiteiro, segundo seus diferentes estádios de desenvolvimento, em toda região do Vale do Ribeira.

Entenda-se por ``estoque'' a estimativa da densidade de plantas palmiteiro nos vários estádios de desenvolvimento.

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Figura 1: Exemplo de extração ilegal no Vale do Ribeira. Palmitos cortados e empilhados a espera de transporte.
maca-arraste.jpgFigura 2: Aparato utilizado para o transporte dos palmitos por tração animal (burro) no interior da mata.

Região de Estudo

A região abrangência do projeto compreende duas áreas do Estado de São Paulo que foram designadas como áreas de trabalho: o Vale do Rio Ribeira de Iguape e o Litoral Sul. Estas duas áreas são coincidentes com as áreas de estudo do Macrozoneamento do Vale do Ribeira e do Macrozoneamento do Litoral Sul, respectivamente. O conjunto destas áreas de trabalho foi designado genericamente no projeto como região do Vale do Ribeira ou simplesmente Vale do Ribeira. A figura abaixo mostra os Municípios que compõe a região de estudo.

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Figura 3: Região de abrangência do projeto no Estado de São Paulo.
publico/projetos/palmito.txt · Última modificação: 2022/11/24 14:21 por 127.0.0.1