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 CMQ: Centro de Métodos Quantitativos Centro de Métodos Quantitativos
Departamento de Ciências Florestais
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


LCF-130 Resolução de Problemas Florestais - 2009


Equipe 3: APP/RL como Sorvedores de Carbono

Nome Email
Raiana Marcello Castanho raianamc@hotmail.com
Luis Eduardo Bernardini LuisEdu86@hotmail.com
Humberto Tadeu Menecheli Filho humbertomenecheli@yahoo.com.br
Caio Cesar Polizel caio_cpolizel@hotmail.com
Mariana Rogero marianarogero@yahoo.com.br
  • Professor Orientador: Hilton Thadeu Z. do Couto - htzcouto@esalq.usp.br

Parte 1

INTRODUÇÃO:

Há muitas décadas que se sabe da capacidade que o Dióxido de Carbono tem para reter a radiação infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim a temperatura terrestre por meio do Efeito Estufa. Mas, ao que parece, isto em nada preocupou a humanidade que continuou a produzir enormes quantidades deste e de outros gases poluentes.

A grande preocupação é se os elevados índices de Dióxido de Carbono que se têm medido desde o século passado, e tendem a aumentar, podem vir a provocar um aumento na temperatura terrestre suficiente para trazer graves conseqüências à escala global, pondo em risco a sobrevivência dos seus habitantes.

O Campus “Luiz de Queiroz” possui várias unidades, sendo elas CIAGRI, CENA, ESALQ e PCLQ, as quais gastam uma grande quantidade de energia e combustíveis. Por outro lado, apresenta uma grande área de APP e RL, que podem ou não compensar a taxa de carbono emitido no campus.

OBJETIVO:

Desenvolvemos esse trabalho com o intuito de saber se a quantidade de gases do efeito estufa que o Campus “Luis de Queiros” emite é por ele absorvido através das RL e APPS.

MÉTODOS UTILIZADOS:

1- Após a pesquisa realizada no Campus da Esalq (garagem) sobre o gasto anual de combustíveis em litros, foi feita a seguinte relação:

Na analise foram somados os litros gastos de cada tipo de combustível e verificado quanto cada um emite em toneladas de CO2.

2- Foram pesquisados os gastos de energia do campus em kWh por ano:

Consumo de energia elétrica - 2008
Mês Consumo em kWh
Janeiro 788,625
Fevereiro 879,875
Março 934,176
Abril 914,980
Maio 867,453
Junho 805,787
Julho 769,683
Agosto 789,628
Setembro 832,338
Outubro 892,749
Novembro 964,113
Dezembro 986,578
Total 10.425,985

Através de pesquisas em diversos sites e livros descobriu-se que 100kwh libera 0.32 toneladas de CO2 sendo assim utilizou-se a quantidade total anual de kWh consumida pelo campus (10.425.958) e descobriu-se a quantidade de toneladas de CO2 que é emitida pelo gasto de energia da Esalq.

3- Foram medidos os DAP’s das árvores das reservas situadas no campus. Com esses dados foi calculada a biomassa aérea total de cada árvore por meio da fórmula seguinte:

ln(BT) = -8,10605 + 1,98391.ln(DAP)

Exemplo de uma árvore com DAP 16, ou seja, o seu diâmetro a uma altura de 1.30 metros do chão: BT=exp (-8.10605+1.98391ln16):

                     BT= 0.07386

Por meio da seguinte regra de três obtivemos a quantidade de árvores por hectare:

32 árvores 900 m² (três parcelas, sendo a área basal de X 10000 m² cada parcela pe 300m²/há).

               X= 355 árvores por hectare

Obtivemos o DAP médio das árvores que é 14.59 cm somando todos os DAPs e dividindo pela quantia de árvores que é 32.

Feito isso, foi calculada a média da biomassa de todas as árvores da reserva sendo posteriormente multiplicada por 0.5 para se transformar em carbono e depois novamente multiplicada por 44/12 para se chegar ao resultado em toneladas de CO2.

Com esse resultado calculamos o CO2 que é absorvido por hectare por ano (14,47 toneladas) e finalmente multiplicamos pelos hectares da reserva, (16,1) tendo assim a quantidade de CO2 que é absorvida pela RL e pela APP do campus.

img171.imageshack.us_img171_4810_dsc000641.jpg

APPs e RLs ESALQ - USP

img511.imageshack.us_img511_9172_dsc000661.jpg

RESULTADOS:

Emissão total de CO2 por ano:

-Por combustíveis: 468 toneladas.

-Por energia: 33,36 toneladas.

*Emissão total: 501,36 toneladas.

*Absorção total: 233,01 toneladas.

CONCLUSÃO:

Com a realização deste trabalho chegamos à conclusão de que, embora o campus tenha uma grande área de APP e RL, estas não compensam toda a taxa de carbono emitido por ele. Sendo assim, deveríamos aumentar a nossa área de APP e RL para que possa haver uma maior absorção de carbono. Além disso, poderíamos usar fontes de energia elétrica e mecânica alternativas e menos poluidoras como, por exemplo, painéis solares e combustíveis renováveis.

Parte 2

Vimos na primeira parte do trabalho que o campus Luís de Queiroz não absorve todo o carbono que emite, gerando um grande acúmulo de gás carbônico, o que prejudica cada vez mais o nosso ambiente. Depois de constatar essa situação, resta-nos agora tentar encontrar algumas soluções para esse problema.

Possíveis soluções:

Fontes alternativas de Energia:

Na maioria dos países do mundo, o modelo energético, é baseado no consumo de combustíveis fósseis, ou seja, petróleo, gás natural e carvão. O principal problema deste modelo, é que os recursos não são renováveis, além de ocasionarem muitos danos ao meio ambiente, como a poluição atmosférica, causadora do efeito estufa. Sendo assim, é necessário que o trabalho científico e tecnológico do mundo atual seja dirigido para produzir outros tipos de energia, as quais sejam menos poluidoras e causem menos impactos ambientais, as chamadas Energias Alternativas. Alguns tipos de Energias Alternativas que podem ser citados são: a Energia Hidrelétrica, a Energia Eólica, a Energia Nuclear, a Energia Solar, entre outras.

É claro que cada uma dessas necessita de instrumentos e estruturas especiais, sendo assim no Campus da Esalq, uma das únicas possibilidades seria a Energia Solar. Ela é feita através de captadores planos ou coletores térmicos, que transformam a luz solar em energia por placas que funcionam como baterias.

Entretanto esse tipo de energia apresenta alguns problemas como o fato de uma certa deficiência durante a noite, quando não há luz solar e também seu alto custo de instalação que leva muitos a optarem por outras fontes.

Redução do uso de combustíveis:

A Esalq apresenta um grande número de veículos que circulam dentro do campus. Estes utilizam combustíveis como gasolina, álcool e diesel que liberam uma grande poluição para atmosfera. Uma forma de amenizar essa situação seria o uso de transportes coletivos como circulares e ônibus ou de bicicletas, o qual vem sendo muito incentivado através de projetos como o “Sustentabilidade sob duas rodas” que visa o aumento do número de ciclistas na universidade, diminuindo a quantidade de automóveis e ajudando não só na questão ambiental, como também na melhoria física dos estudantes.

Outra possível solução para o problema do uso de combustíveis seria a utilização dos chamados Biocombustíveis.

O tipo mais difundido de biocombustível no Brasil é o álcool proveniente da cana de açúcar. Sua principal vantagem é a menor poluição que causa, em comparação aos combustíveis derivados do petróleo. Entretanto há a questão ambiental, já que com o incentivo á plantação de cana-de-açúcar para a produção de álcool, grande área de Mata Atlântica foi substituída por essa cultura, o que acarretou problemas climáticos e erosivos. Já o biodisel, ou seja, óleo virgem derivado de algumas espécies de plantas, apresenta vantagens muito interessantes, como a possibilidade real de substituir quase todos os derivados do petróleo sem modificação nos motores, eliminando a dependência do petróleo, além de ser naturalmente menos poluente. Ele possui elevada capacidade de lubrificar as máquinas ou motores reduzindo possíveis danos, é seguro para armazenar e transportar porque é biodegradável, não-tóxico e não explosivo nem inflamável à temperatura ambiente e não contribui para a chuva ácida por não apresentar enxofre em sua composição. As plantas mais utilizadas atualmente para produção do biodiesel são a soja, a colza, o pinhão manso, mamona, dendê, girassol e macaúba. As mais produtivas são o dendê e a macaúba, confirmando a potencialidade das palmeiras.

Cana de Açúcar

Mamona

Dendê

Aumento das áreas de APP e RL:

Apesar de apresentar uma grande área de APP e de RL a Esalq não consegue absorver todo carbono que é emitido no campus, dessa maneira aumentar essas áreas seria uma possível solução para que a absorção pudesse ser maior diminuindo dessa maneira os gases poluentes da universidade. Para que as áreas de reserva absorvam todo o carbono emitido seria preciso haver um aumento de aproximadamente 18,54 hectares de APP e RL.

Vale enfatizar que foi feito o inventário de gases do efeito estufa de duas fontes (energia elétrica e emissão de fontes móveis de combustíveis fósseis de veículos próprios). Faltam ainda outras fontes de emissão, como os veículos de professores, funcionários e alunos, que acreditamos serem muito maiores; o uso de produtos químicos como fertilizantes minerais, principalmente os nitrogenados, a emissão proveniente da fermentação entérica, lixo (aterros sanitários), etc.

Conclusão:

Percebemos que atitudes muito simples como economizar energia, pegar um ônibus ou mesmo plantar uma árvore podem contribuir muito para a melhoria do nosso ambiente. Gases como o carbono, discutido nesse trabalho podem causar muitos problemas para nossa vida como o tão falado efeito estufa que altera o clima causando muitos danos. Dessa maneira é preciso haver uma conscientização não só dentro do Campus, mas sim em todo o lugar, pois quando ajudamos o nosso planeta estamos ajudando também a nossa própria sobrevivência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Relatórios do Ministério de Ciência e Tecnologia:

http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/17344.html

http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/17347.html

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

http://www.cetsb.sp.gov.br

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