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Danilo Roberti Alves de Almeida
Linha de Pesquisa
Mensuração, Biometria Florestal e Sensoriamento Remoto
Formação Acadêmica
Graduação
- Engenharia Florestal (2007 - 2012) - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Mestrado
- Mestre em Ciências de Florestas Tropicais. Especialização em Silvicultura e Manejo Florestal (2013 - 2015) – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Resumo
As florestas sazonalmente alagáveis por águas pretas e pobres em nutrientes (igapó) têm sofrido altos impactos por incêndios florestais. Durante os períodos secos estas florestas apresentam menores extremos de umidade relativa do ar e maiores extremos de temperatura comparada com a terra-firme, favorecendo a proliferação do fogo. Estas características microclimáticas podem ser controladas por atributos estruturais da floresta (abertura de dossel, altura da floresta e densidade de sub-bosque). O sub-bosque mais denso (com vegetação úmida) controla a proliferação do fogo. A altura da floresta e a abertura de dossel controlam a estabilidade do microclima no interior da floresta. O objetivo do estudo foi avaliar estes três atributos (densidade de sub-bosque, altura da floresta e abertura de dossel) como determinantes da susceptibilidade aos incêndios florestais e os impactos pós-fogo nessas florestas. Foi utilizado um sistema portátil de sensoriamento remoto ativo equipado com LiDAR RIEGL LD90-3100VHS-FLP para estimar os atributos. A coleta dos dados em campo é rápida e fácil, comparada com outros sistemas que também utilizam o LiDAR. Os atributos das florestas são extraídos de nuvens bidimensionais com primeiros e últimos retornos (2000Hz), onde pode ser estimado por exemplo a densidade de área foliar (LAD) ao longo do perfil vertical da floresta. O pulso emitido pelo equipamento, com comprimento de onda de 900nm (espectro infravermelho próximo) é fortemente refletido pelas folhas. O instrumento é montado em um gimbal mantido na orientação do zênite e é carregado à um metro acima do solo. Dez transectos de 250 m foram percorridos em velocidade constante para cada situação: (1) igapó não queimado, (2) igapó queimado, (3) terra-firme não queimada e (4) terra-firme queimada. O igapó apresentou maiores danos pós-fogo, com perda de 71% de sua vegetação, e também maior susceptibilidade à ocorrência de incêndios devido a abertura de dossel, duas vezes maior que a terra-firme (aumentando a iluminação solar), altura da floresta 15% mais baixa (maior vulnerabilidade de alteração do microclima) e 43% menos vegetação no sub-bosque (menos vegetação úmida que dificulta a proliferação do fogo). As florestas de igapó são fitofisionomias extremamente frágeis aos incêndios, sendo mais susceptíveis à ocorrência de incêndios, com maiores danos pós fogo e menor regeneração, que é dificuldade pelo período de alagamento.
- Orientador - Prof. Dr. Bruce Walker Nelson
- Co-orientadora - Profª. Drª. Juliana Schietti de Almeida
- Bolsista - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Doutorado
- Doutorado em Recursos Florestais (2015 - atual) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/ Universidade de São Paulo (ESALQ/USP)
- Tese - Diferenciação de fitofisionomias de florestas tropicais e estimativas de biodiversidade florística com dados LiDAR
- Orientador - Prof. Dr. Luiz Carlos Estraviz Rodriguez
- Bolsista - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Contato
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