Tabela de conteúdos
| Centro de Métodos Quantitativos
Departamento de Ciências Florestais
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO |
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LCF-130 Resolução de Problemas Florestais - 2009 <br>
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Equipe 6:
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Quem Somos?
- Equipe 6: Uso de crédito de carbono para evitar desmatamento e manuter fragmentos florestais: sua possibilidade de aplicação no Campus.
- Questão: De quais maneiras podemos reverter a atual situação do Campus “Luiz de Queiroz” tornando-o sustentável em sua emissão de dióxido de carbono?
- Orientador: Prof. Hilton Thadeu Z. do Couto (Depto. de Ciências Florestais - ESALQ-USP)
- Composição da Equipe:
Nome | |
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Cristano Cardoso Stetz | cristiano.stetz@usp.br |
Gabriela Brigatti Chaves | gabriela.chaves@usp.br |
Lays Gollovitz Miranda | lays.miranda@usp.br |
Tiê Mendes Tavares | tie.tavares@gmail.com |
Introdução: |
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A idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima. Para tanto, foi criado um certificado que é emitido pelas agências de proteção ambiental reguladoras, atestando que houve redução de emissão de efeito estufa. A quantidade de crédito de carbono concedida varia de acordo com a quantidade de emissões de carbono que foram reduzidas. Convencionalmente uma tonelada de carbono equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o mesmo conceito de carbono equivalente. Desta maneira, este certificado é negociado no mercado internacional, e os gases do efeito estufa passam a ter um valor monetário. Cada país ficou responsável por criar leis restringindo as emissões desses gases. Aqueles países ou indústrias que passarem emitirem mais gases do que o permitido devem comprar créditos de carbono, assim como quem conseguir reduzir tais emissões, poderá vender o excedente dessa redução nas Bolsas de Valores e Mercadorias, a outros países ou a indústrias que necessitem desses créditos.
Objetivo: |
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Este trabalho tem por objeto verificar se, no campus “Luiz de Queiroz”, a quantidade emitida de gases que provocam o efeito estufa, pelo consumo de energia elétrica e pelo uso de combustíveis nos meios de transporte, é compensada, isto é, absorvida, pelos fragmentos florestais do mesmo.
Metodologia |
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1- Foram pesquisados os gastos de energia elétrica no Campus “Luiz de Queiroz” em kWh:
Consumo de Energia Elétrica -2009 | |
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Mês | Consumo em kWh |
Janeiro | 803.295 |
fevereiro | 833.127 |
Março | 1.036.933 |
Abril | 1.105.288 |
Maio | 861.439 |
Junho | 855.719 |
Julho | 777.283 |
Agosto | 777.692 |
Setembro | 877.525 |
outubro | 911.141 |
novembro | 968.8877 |
Dezembro | 993.021 |
Total | 10.801.340 |
Sabendo a relação de consumo de KWh em CO2 é possível calcular a quantidade de carbono emitida pelo consumo de energia elétrica. Essa relação é dada pela expressão: 100KWh = 0.32t de CO2, onde o valor do total geral (10.801.340) é utilizado.
2- A seguinte relação foi feita a partir da pesquisa da quantidade de combustível que foi consumida no Campus no ano de 2009:
Combustíveis | Consumo do combustível no ano de 2009 | Emissão em Kg de CO2 por litro de combustivel | Emissão total em toneladas de CO2 da frota |
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Gasolina (L) | 56.685,440 | 2,2 | 124,707 |
Álcool (L) | 7.743,982 | 1,58 | 11,608 |
Diesel (L) | 121.099,534 | 2,68 | 3424,564 |
Total | 3560,879 |
*Cálculos feitos para obtenção da quantidade de carbono emitida por uso de combustíveis
3- Para descobrirmos quanto os fragmentos florestais do campus absorveram, utilizamos a seguinte base de cálculos:
Foram escolhidas 9 áreas de 300 m² de 10mx30m entre os fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual degradada e Capoeira de Floresta Estacional Semidecidual e foram medidos o CAP (Circunferência na altura do peito) de cada árvore pertencente a parcela. Para transformarmos esse valor em DAP (Diâmetro na altura do peito) dividimos cada valor de CAP obtido por π.
Medição do DAP.
Assim com o valor do DAP foi possível calcular a biomassa de cada árvore através da seguinte formula:
LN (BT) = -1,19829+1, 98391*LN(DAP)
(BT)=EXP (-1,19829+1, 98391* LN (DAP)
BT: Biomassa.
*valores obtidos em Kg/árvore.
Somamos as biomassas de cada árvore obtendo assim, um valor por parcela. Fizemos então a media da somatória das parcelas obtendo 6503,709kg = 6.503t. Esse valor obtido é correspondente a área de 300m², convertendo esse valor para um hectare é obtido 216,766 t. Aproximadamente metade da massa de uma árvore é carbono, por isso multiplicamos esse valor por 0,5; descobrindo a massa de carbono absorvida por hectare: 108,383 t. Nosso objetivo é descobrir a massa de dióxido de carbono absorvido por hectare, então multiplicamos a massa de carbono por 44/12, obtendo o valor de 397,405 t.
Exemplo de área medida:
Extrapolamos esse valor parar as áreas que possuem fragmentos arbóreos na ESALQ os quais são: floresta degradada, reflorestamento de nativas, eucalipto, pinus, entre outros, totalizando 70,1 hectares, obtendo assim o resultado final de absorção de dióxido de carbono no Campus de 27,858t de CO2.
Resultados: |
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• Emissão de dióxido de carbono por ano de energia elétrica: 34564,288t
• Emissão de dióxido de carbono por ano de combustíveis: 3560,879t
• Emissão total: 38125,158t
• Absorção total: 27858,09t
• Déficit : 10267,06t
Conclusão: |
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Há um visível déficit de absorção de dióxido de carbono no Campus da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, o que mostra a urgência da criação de novas áreas de preservação e reflorestamento para garantir a sustentabilidade em relação a emissão e absorção de dióxido de carbono.
Bibliografia: |
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KALILI EL, Amyra. O que são créditos de carbono? Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./noticias/index.php3&conteudo=./noticias/amyra/creditos.html
COUTO, H.T.Z.,2009. Estimativa da Biomassa e Carbono em Áreas Restauradas com Plantio de Essências Nativas. Disponível em: http://cmq.esalq.usp.br/wiki/lib/exe/fetch.php?media=publico:metrvm:metrvm-2009-n05.pdf